Bem Vindo Amigo

22 de mar. de 2011

Isagoge Bíblica

Isagoge Bíblica
Isagoge Bíblica visa preparar o estudante para compleender melhor as Escrituras. e determinar a extensão e o caréter origenal dos autógrafos sagrados. bem como conhecer as vicissitudes que eles enfrentrarm para atingir sua presente forma, unidade e valor.

Provação, Frustração e Deserto

Provação, Frustração e Deserto

São experiências comuns em nossa vida cristã. Como compreendê-las e vencê-las? Nesses momentos costumamos ser derrotados e frustrados, ainda mais quando vemos a Bíblia ordenando-nos alegrias nestas horas (Tg 1:2, I Pe 1:6, I Pe 4:12-13). O que é provação e tentação? Provação e tentação são a mesma coisa? Há diferenças? Porque em algumas Bíblias aparece a palavra tentação, e em outras o mesmo texto apresenta a palavra provação? Na Bíblia a palavra traduzida como tentação ou provação é a mesma: "peraismos". Quer dizer teste, prova. Há vários tipos de provas (I Pe 1:6) a que podemos ser submetidos: perseguições, doenças, problemas sérios, oposição desencadeada por Satanás, aparente distância de Deus, etc... Todos estes tipos de testes são "provações". Há um tipo especial de provação, que é aquela desencadeada por Satanás, visando nossa derrota e valendo-se de uma cobiça interior nossa para acenar-nos com algo que tenta induzir-nos ao pecado. Esta prova é uma "tentação". Este tipo maligno de "peraismos" Deus não faz. É o que diz Tiago 1:13-15. A diferença entre tentação e provação é mais didática do que prática, pois freqüentemente se confundem. Toda tentação é uma provação e toda provação pode vir a ser uma tentação. Basta para isso que Satanás nos induza ao pecado, em meio à provação. Vide o exemplo de Jó, que sendo provado foi tentado, Jó 2:9. A aparente distancia de Deus, também é às vezes um teste, visando provar nossa fé em suas promessas constantes. Este teste é o que chamamos "deserto espiritual", sensação de vazio.
QUAIS AS CAUSAS DE NOSSAS PROVAÇÕES?
• 1° O mundo:
Depois do pecado este mundo foi condenado a cardos e abrolhos, tristeza, dor, morte, aflição, desamor, ódio, egoísmo e toda sorte de males. O mundo está preso a isto até o dia de sua transformação (Rm 8:19-22). Mesmo nós, crentes e salvos, enquanto vivermos neste corpo e neste mundo estamos sujeitos a estes sofrimentos, Rm 8:23. As aflições são marcas deste mundo. (Jo 16:33), e Deus não pode fornecer agora um mundo perfeito a todos nós imperfeitos. (Ex.: Dois jovens crentes amam a mesma moça, e oram a Deus, cada um pedindo que Deus lha dê, livrando-o da aflição de esperar por ele. Como Deus solucionará isto?). Sofrimentos inerentes ao mundo imperfeito, com homens imperfeitos: doenças, intrigas, dificuldades financeiras, guerras, catástrofes, etc, também os crentes passam porque estão neste mundo.
• 2° Satanás:
Ele é o príncipe deste mundo, e tenta afastar o homem de Deus principalmente os salvos. Assim, além de seu grau de ódio normal contra o homem, há uma oposição mais ferrenha contra nós. Ele produz toda sorte de tentações que possamos imaginar (I Pe 5:8, II Tm 3:12, Lc 22:31).
• 3° A permissão e o controle de Deus:
O que diferencia o filho de Deus, salvo, do ímpio é que os sofrimentos inerentes a este mundo, e os ataques de Satanás, só são feitos sob a permissão e o controle de Deus, chegando somente ao ponto máximo de nossa resistência, sem ultrapassá-la. Além disto Deus nos fornece nesta hora poder para escape, servindo-nos tudo isto como teste de fé, I Co 10:13. Deus é fiel! A nossa garantia e descanso nas horas de sofrimento e provação, é fidelidade de um Deus eterno, amoroso, e que não mente Hb 6:18. Basta a você, a garantia da Palavra de Deus? Você confia na sua fidelidade? II Tm 2:13. Porque Deus permite as provações? Quais são seus objetivos? Qualificar nossa fé - I Pe 1-7 como o ouro é provado valioso pelo fogo, e ao mesmo tempo é purificado de impurezas.Tal sucede com nossa fé. A provação é o fogo (mesmo que seja aceso por Satanás). Multiplicar nossa fé - Como um músculo é exercitado com pesos e esforços para crescer, assim a fé, para que não se atrofie precisa ser exercitada com "pesos". "O justo vive pela fé" - quanto mais fé, mais vida. Quanto mais provação mais fé e mais vida. Produzir virtudes em nós - Tg 1:3 e 4, Rm 5:3 e 4. Recompensar-nos no fim de tudo - Tg 1:12, I Pe 1:7, I Pe 1:13 e 14, I Pe 5:10, Rm 8:18, II Co 4:17. Torna-nos íntegros - Tg 1:4, integridade é mais valioso do que inocência. Integridade é manter-se reto diante de provas. Revelar atributos - Há atributos de Deus que só conheceremos nas provações. Amor, perdão, poder... Corrigir-nos e disciplinar-nos - Hb 12:4-8. Glorificar o Seu Nome - Jo 9:3 e 11:4 Conduzir-nos a Ele, buscando-O nas horas difíceis (Sl 34:6, Sl 119:71).
O QUE É DESERTO?
Porque algumas vezes nos sentimos vazios: Frios, Deus parece que não nos ouve? Deus está conosco, Jesus prometeu estar conosco todos os dias até a consumação do século, o Espírito Santo faz morada em nós. Portanto a Trindade está sempre conosco. No entanto eu posso sentir isto ou não. Posso ver isto ou não. Quando eu não sinto ou não vejo Deus comigo (Deserto), me vem uma sensação de vazio e frieza espiritual. Mas Deus não quer isto, Ele quer que pela fé (Hb 11:1) eu cria que Ele está comigo, e haja abundância de vida mesmo no deserto (Sl 84:6) Jó 35:14. Deserto é dificuldade de ver e sentir Deus presente, embora Ele sempre esteja (Sl 34:18). Há 3 causas diferente de Deserto: Deus nos faz passar por momentos assim: Se Deus quer trabalhar em nossa fé, e fé é ter convicção de fatos que não se vêem, muitas vezes Deus permite que não o sintamos presente para lançarmos mão de fé.
"Ele está aqui, embora não o sinta".
Exemplo: Ex 14; 15:22,27; 16:12; 17:1, Dt 8:15 e 16, Mt 4:1, Sl 23:2-4, Jr 17:7 e 8, Mt 14:22-25. Pecados ou voluntários afastamentos de Deus. Este tipo de deserto não é propriamente uma provação mas conseqüência de derrota espiritual.
O pecado afasta-os de Deus, e o abandona da oração e da leitura da Bíblia, nos traz também frieza espiritual.
II Sm 11; 12:6; Sl 51:11. Peculiar característica física ou temperamental.
I Rs 19:4. Elias era homem de Deus e muito abençoado. Não fora Deus quem o conduzira ao deserto, e nem pecado, mas um problema, uma ameaça o fez entrar em depressão. Elias era um Melancólico. Todos temos um pouco do temperamento melancólico, mas há pessoas marcadamente melancólicas, que constantemente estão em desertos.
Os melancólicos são introvertidos, escrupulosos, meticulosos, exigentes, pensadores, auto depreciadores.
Para mudar seu temperamento leia: Temperamento controlado pelo Espírito e Temperamento transformado pelo Espírito.
COMO AGIR NOS DESERTOS
Usar a fé e não sentidos II Co 5:7, crer que Deus está ali mesmo que não o veja ou o sinta. Manter vida devocional, mesmo que não haja "o calor da sua presença". Preservar enquanto durar o deserto.
O de Jesus durou 40 dias. O dos Judeus 40 anos. O seu durará enquanto você necessitar. Se houver pecado, confesse-o. Se estiver doente vá ao médico. Deixe o Espírito mudar seu temperamento, se for este o seu caso.
COMO AGIR NAS PROVAÇÕES DE MANEIRA GERAL?
Confiar nas promessas.
I Co 1:13, I Pe 1:5, I Pe 4:10, Mt 26:20. Perseverar ao lado do Senhor, descansando - I Pe 5:7. Opondo-se e resistindo ao diabo e às tentações.
I Pe 5:8 e 9, Tg 4:8. Alegrar-se nas bênçãos provenientes das provações
I Pe 1:6.

O Perfil de Um Líder de Adoração

O Perfil de Um Líder de Adoração

Pastores algumas vezes me perguntam o que observar para selecionar um líder de louvor e adoração. Embora a escolha do líder de adoração seja do Senhor - e Ele nos surpreende algumas vezes - bons líderes de adoração normalmente tem certos requisitos:
• Radicalmente salvos e andando consistentemente com Cristo. Algumas igrejas, sentem-se apressadas para improvisar sua música, podem se sentir tentadas a indicar líderes de louvor que tenham pouco fundamento espiritual. Enquanto habilidade musical e experiência podem ser muito importantes, isto não deve ser mais importante do que o caráter pessoal e o relacionamento com Deus.
• Um dedicado estudioso da Bíblia. Nem toda música cristã ou de louvor estão em linha com a Palavra de Deus. O líder de adoração precisa estar fundamentado biblicamente para discernir com que tipo de material, ele ou ela esta alimentando as pessoas.
• Ser capaz de liderar outros em oração. De tempo em tempo, aqueles que estão no grupo de louvor irão inevitavelmente vir ao líder com problemas precisando de oração. Grupos de adoração devem orar juntos antes dos cultos, "Senhor, nós deixamos tudo que pode nos desviar de te adorar". Com todas as atenções voltadas para o Senhor, eles podem sair e liderar a congregação à presença de Deus.
• Um líder forte. Se o líder de adoração é apático diante das pessoas, a congregação irá se sentir desconfortável e terá dificuldades de entrar em adoração. As pessoas estão mais prontas a seguir líderes que demonstram confiança e mostram que sabem onde eles estão indo. Líderes de adoração precisam estar prontos para exercer autoridade em várias situações: dizendo as pessoas que é tempo de parar de conversar e começar a adorar; discernindo onde vozes de línguas ou profecias são realmente de Deus; ou segurando alguém que esteja exagerando e distraindo outras pessoas.
• Um habilidoso músico ou cantor. Davi indicou músicos que eram habilidosos. Isso não significa que é necessário uma graduação em música; mas notas ruins e canções fora do tom devem ser evitados tanto quanto for possível. Músicas com qualidade pobre é uma distração e desvia as pessoas da adoração. Muitos músicos cristãos agem como se eles fossem tão espirituais que não precisassem trabalhar suas habilidades ou treinar e ensaiar suas músicas.
• Submisso à autoridade. Muitas igrejas tem sido prejudicadas por líderes de louvor que tem suas próprias agendas. Líderes de adoração são subordinados ao Ministério - Deus tem colocado pastores sobre nós. Aqueles que acham que lideram melhor do que o pastor prega precisam lembrar que Lúcifer teve uma decepção igual. Ninguém é mais prejudicial do que alguém que está cheio de orgulho.
• Um líder de adoração precisa ser conhecedor do seu pastor; sua personalidade, canções preferidas e a visão da igreja. Comunicação é vital. O pastor deve ser conhecedor de qualquer acontecimento no departamento de música. O líder de adoração precisa estar ligado com o que está sendo pregado, assim as canções reforçarão as mensagens.

O líder de adoração precisa manter harmonioso o relacionamento com o pastor. Eles devem sempre deixar o pastor em posição favorável diante da congregação.
Um efetivo líder de adoração é não apenas alguém que é um bom músico ou cantor que lidera pessoas nas canções. Liderar outras pessoas à adoração requer, primeiro de tudo, que seja um adorador. Como nós genuinamente e passionalmente adoramos ao Senhor, outros também irão compartilhar sua presença.
Causas que podem contribuir para que o louvor não flua nos cultos da Igreja
Sempre que estou participando de seminários com dirigentes de cultos e com equipes que dirigem o louvor congregacional, a questão que todos querem saber é: O que bloqueia o fluir de Deus no culto da igreja?
Os pastores, via de regra, apontam sempre numa direção: pecado no meio do grupo de louvor, alegam, como se não houvesse também pecado entre a equipe pastoral e demais ministros da igreja! Dias atrás tive que me deter no estudo do tema porque foi essa a acusação que os músicos ouviram do líder da igreja: O louvor não flui porque existe pecado entre vocês! Esse tipo de acusação deixa todo mundo desanimado e é um terreno fértil para a acusação de Satanás. Numa reunião em que fui convidado a ministrar para os músicos, estudamos juntos as várias possibilidades de um culto não fluir como todos gostaríamos.
• Pecado
Todos concordamos que o pecado é realmente um obstáculo para a manifestação de Deus, impedindo também que os músicos e dirigentes de louvor sintam-se à vontade. Se um dos pastores da igreja, se alguns dos que exercem liderança congregacional e se na equipe de louvor houver alguém que vive sistematicamente na prática do pecado, pode-se pregar o mais eloqüente sermão, ter a melhor e mais afinada equipe de música, que nada acontecerá. Esses dias um pastor me procurou para que eu o ajudasse a resolver um pecado sério que havia na equipe de louvor: três rapazes da equipe estavam incorrendo em prática homossexual. É preferível ter um violão tocando em três acordes do que músicos em pecado. Em geral os demônios se sentem à vontade no meio de crentes pecadores e inflamam a igreja com o mesmo pecado que a liderança está praticando. Um exemplo: se começam a aparecer muitos casos de adultério, é bom examinar o que está acontecendo com a liderança!

“Mas as vossas iniqüidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que não vos ouça" (Is 59.2)

"Afasta de mim o estrépito dos teus cânticos; porque não ouvirei as melodias das tuas liras" (Am 5.23).

"Aos retos fica bem louvá-lo" (Sl 33.1).

"Cantem de júbilo e se alegrem os que têm prazer na minha retidão..." (Sl 35.27).

Como se vê, Deus olha mais para o coração do homem do que para seus talentos! A retidão, vida íntegra e sinceridade de coração são mais importantes para Deus que nossos melhores sacrifícios.

• Falta de entrosamento entre os músicos
Mas não apenas o pecado pode ser obstáculo ao fluir de Deus no culto. Um grupo de louvor pode viver consagrado a Deus e no entanto não consegue fluir pela falta de entrosamento entre os músicos. A Escritura não apresenta nenhum caso de falta de entrosamento, mas mostra que, quando há um perfeito entrosamento entre eles, Deus se faz presente na reunião. Em 2 Crônicas 5.11-14 os músicos e cantores estavam em perfeita sintonia musical e espiritual. Temos, então dois tipos de entrosamento: O natural, onde todos tocam e cantam em perfeita harmonia e o espiritual, quando todos estão afinados com a música do céu! Em Neemias vemos Matanias, dirigindo os louvores em perfeita sintonia com seus irmãos (Ne 11.17; 12.8). Ambos são importantes: afinados entre si e com o Espírito Santo! Noutro artigo quero focalizar a importância de encontrar o tom celestial, o tom de Deus!

• Falta de entrosamento entre músicos e dirigente
Encontramos nos dias de Davi a Quenanias, chefe dos levitas músicos. Ele "tinha o encargo de dirigir o canto, porque era entendido nisso" (1 Cr 15.22). Todos os demais seguiam a orientação dele na grande celebração que se fez quando Davi levou a arca da aliança de volta para Jerusalém. Nos dias de Neemias, Jezraías era o maestro que dirigia os músicos e cantores do templo (Ne 12.42). Não adianta ter bons músicos e um péssimo dirigente ou vice-versa. Deve haver uma perfeita coordenação entre eles. O dirigente comanda e a um sinal seu os músicos sabem em que direção devem seguir.

• Falta de entrosamento entre dirigente e congregação
Se a congregação não está acostumada ao dirigente e vice-versa, se não houver um perfeito entrosamento entre eles, o louvor também não flui. O povo conhece o seu dirigente de louvor. Sabe quando ele está num bom mood, se está bem ou não. O dirigente também conhece a congregação e pode detectar quando esta está cansada fisicamente, afadigada espiritualmente, etc. O dirigente levanta a mão, faz um gesto, usa o tom de voz, e o povo, que o conhece, segue suas orientações! Qualquer gesto seu é correspondido pelo povo que já se acostumou com ele!
Esdras afirma que

"os levitas ensinavam o povo na lei...dando explicações, de maneira que todos entendessem o que se lia" (Ne 8.7,8; 9.3-5).

O dirigente ensina a congregação e esta passa a fluir com ele em tudo o que ele disser e fizer!

"Gloriar-se-á no Senhor a minha alma; os humildes ouvirão e se alegrarão. Engrandecei o Senhor comigo e todos à uma lhe exaltemos o nome" (Sl 34.2,3).

Juntos eles glorificam a Deus!

"Vestirei de salvação os seus sacerdotes, e de júbilo exultarão os seus fieis" (Sl 132.16).

• Estafa, fadiga e canseira dos componentes do grupo
Aqui é bom discutir primeiramente a canseira física. Davi foi bastante sábio quando estabeleceu que cada grupo de louvor ficaria apenas uma hora no templo cantando e adorando a Deus (Veja 1 Crônicas 25). Mais de uma hora e começa a canseira. Imagine os músicos que às vezes tocam em vários cultos no mesmo dia!
Existe também um tipo de situação que deixa os músicos abatidos. Eles se esforçam em fazer o melhor para Deus, mas a liderança pastoral não contribui adquirindo o equipamento que eles precisam. Existem pastores que não sabem investir numa boa aparelhagem de som, em retornos para a plataforma, numa boa bateria acoplada à mesa de som, teclados, instrumentos, etc. E essas coisas deixam os músicos desanimados! Nos dias de Neemias os levitas encarregados do serviço do templo, sentiram-se desanimados e foram cada um para sua cidade (Ne 13.10). Foram abandonados pela liderança!
Sinto pena de alguns grupos de dirigentes de louvores que fazem o melhor que podem, mas não são correspondidos pela liderança da igreja. É triste quando se tem que fazer "muletas" ou festinhas e almoços para se angariar fundo para equipar a igreja de bons instrumentos e de um bom sistema de som. Isso jamais deveria ocorrer. A igreja deve contribuir e o tesoureiro abrir o cofre! Não é sem razão que muitos de nossos músicos "fogem" para os campos como aconteceu com os levitas no tempo de Neemias. O desânimo e a canseira, são obstáculos ao mover de Deus nas reuniões da Igreja!

• Estafa, fadiga e canseira da congregação
E a análise tem que ser feita no âmbito físico e espiritual. No âmbito físico, o povo pode andar emocionalmente abalado por problemas na congregação e no âmago espiritual o povo pode estar desgastado espiritualmente. O que desgasta espiritualmente uma congregação? Tempo muito prolongado no louvor; pregações muito grandes. Exigências demasiadas para que ofertem e contribuam além de suas posses. Falta de variedade nos temas bíblicos pregados, etc.
Uma congregação que não tem expectativa do que vai ocorrer no culto e que já sabe na ponta da língua o que vem a seguir passa a viver dentro de uma rotina; e rotina cansa, tortura, mata e massacra espiritualmente a igreja. Quando o povo não tem mais expectativa de que algo novo pode ocorrer, alguma coisa está errada com a liderança pastoral. A ausência de milagres, de manifestações do Espírito Santo, de uma palavra viva, de conversões, de libertação deixam a igreja fadigada espiritualmente. Consequentemente o louvor não flui. Pode-se ter a melhor e mais treinada equipe de música, os melhores equipamentos, que nada ocorrerá! Lindos corais, muita coreografia e poucos resultados espirituais!
"Algo novo vai acontecer; algo bom Deus tem pra nós; reunidos aqui, só pra louvar ao Senhor", diz o cântico traduzido do inglês.
Deus é a fonte da motivação. Nos dias de Neemias o povo ofereceu grandes sacrifícios

"e se alegraram; pois Deus os alegrara com grande alegria; também as mulheres e os meninos se alegraram, de modo que o júbilo de Jerusalém se ouviu até de longe" (Ne 12.43; 8.9-12).

Donald Stoll escreveu o cântico, "Lançarei fora o espírito pesado; me vestirei com as vestes do louvor; e assim eu entrarei na presença do Senhor".

• A congregação vive alienada com tudo o que está ocorrendo
É possível que a turma do louvor esteja consagrada a Deus, jejuando, orando, estudando, ensaiando e chegue nos cultos com todo gás, mas a congregação não corresponde, porque não jejua, não ora, não estuda nem se consagra a Deus! São os alienígenas dominicais!
Davi, os sacerdotes e os levitas bem como grande parte do povo estavam participando de um grande avivamento espiritual. Desde os dias de Samuel não se experimentava um tipo de avivamento como o daqueles dias. Música, danças, ministrações, o reino se firmando, mas Mical, estava alienada de tudo! Enquanto Davi dançava com todas as suas forças, enquanto os sacerdotes tocavam as trombetas e sacrificavam e o povo jubilava, Mical desprezou tudo aquilo em seu coração. Ela desprezou a Davi (2 Sm 6.14-23).
Mical representa algumas igrejas que ficam estéreis por toda vida por desprezarem o que Deus está fazendo em seu meio. Uma igreja estéril não frutifica, ano após ano continua igual. Engorda e envelhece sem gerar filhos! (Ver ainda 1 Crônicas 15.28,29).

• Cânticos difíceis de serem entoados pela congregação
Cânticos com letras truncadas, sem fluência poética, sem métrica; músicas cuja linha melódica é difícil de ser acompanhada, sem definição, etc. Há cânticos antigos com melodias difíceis de serem entoadas mas que têm definições, como Ao Deus de Abrão Louvai, Castelo Forte, e no entanto, muitos dos novos cânticos têm uma melodia indefinida, truncada; e cânticos assim impedem o fluir do verdadeiro louvor.
Nossos dirigentes de louvores precisam entender que nem todos os cânticos são congregacionais. Alguns cânticos são escritos para solistas, outros para corais, e outros, sim, para serem cantados por toda a congregação. O que percebo é que muitos dos cânticos trazidos para a congregação não servem para serem cantados por todos, e sim por solistas. Nem tudo o que aparece no mercado musical deve ser usado pela igreja. Isto pode ser evitado, escolhendo-se cânticos próprios para o povo cantar Um bom líder saberá definir o que o povo deve cantar.
Outra coisa boa de se fazer é escolher cânticos de vários autores, e não apenas de um só compositor, pois estes têm a tendência de viciar-se na mesma linha melódica. Ouvir um Cd com músicas de um mesmo autor, às vezes, é enfadonho.

"Então cantou Israel este cântico: Brota, ó poço! Entoai-lhe cântico!" (Nm 21.17).

Se todo Israel cantou, por certo era de fácil compreensão e melodicamente aceito.

"Então entoou Moisés, e os filhos de Israel, este cântico ao Senhor, e disseram: Cantarei ao Senhor,, porque triunfou gloriosamente" (Ex 15.1).

Novamente um cântico acessível a todos.

• Hinos difíceis de serem tocados pelos músicos da igreja
Convenhamos: nem toda igreja tem músicos profissionais. A maioria de nossos conjuntos é feita de gente que se esforça, que quer aprender, que se esmera no que faz, mas não é formada em música. Consequentemente, determinadas músicas podem se tornar difíceis de serem executadas. Agregue-se a isso o fato de que muitos dos hinos modernos traduzidos do inglês ou gerados em solo estrangeiro são "incantáveis" pela média de nosso povo e "intocáveis" por nossos músicos! A começar pelas péssimas traduções ou versões em que, procurando ser fiéis à letra do idioma original os tradutores colocam diante de nós letras truncadas, sem poesia e sem beleza alguma!
Muitas vezes visitando pequenas e grandes congregações pelo Brasil percebo a dificuldade dos músicos e dos irmãos que querem cantar músicas do Alvin, do Ron Kenoly, etc. São músicas que os americanos cantam muito bem em seus shows musicais, mas difíceis de serem tocadas por nossos músicos e cantadas pela igreja!

"Entoai-lhe novo cântico, tangei com arte e com júbilo" (Sl 33.3)

• Falta de sensibilidade dos músicos e dos dirigentes ao Espírito Santo
Não se pode escolher cânticos só porque gostamos daquele estilo, ou de sua melodia e letra. Precisamos estar atentos ao que o Espírito Santo quer para o culto da igreja. Muitas vezes um cântico começa a fluir deixando a igreja livre na presença de Deus, mas na lista do dirigente tem um outro que vem a seguir e, ele na ânsia de aproveitar o tempo e cantar todos aqueles hinos, tira a igreja do trilho certo. Um culto pode fluir em Deus com poucos ou com muitos cânticos. O bom culto não precisa que o dirigente fique dando manivela. Ele começa bem e termina melhor ainda!
Davi ouvia a Deus:

"Uma vez falou Deus, duas vezes ouvi isto: Que o poder pertence a Deus" (Sl 62.11).

A abundância de cânticos, salmos e palavra era tanta que Paulo pergunta: "Que fazer, pois, irmãos....?" (1 Co 14.26). Como Paulo que queria ir para um lugar e o próprio Espírito o impedia, pode ocorrer também com os dirigentes de louvor: eles querem seguir numa direção, mas o Espírito Santo tem outra bem melhor (At 16.6-10).

• Falta de resposta da congregação ao dirigente
Não estou de forma alguma repetindo o item 4. Naquele caso é a falta de entrosamento entre o dirigente e a congregação. Nesse caso, o dirigente é excelente, mas a congregação não responde à altura o que o dirigente pretende. O dirigente está afinado, sensível a Deus, mas a congregação não corresponde ao que ele quer. Você deveria ver o que diz o Salmo 98. Ou o Salmo 103.19-22 onde o autor propõe aos anjos, aos ministros, às obras de Deus que levantem a voz em louvor, o Todo-Poderoso!
Geralmente isto ocorre quando o avivamento na igreja não atinge a todos. Costumo dizer que houve um avivamento departamental. O pessoal do louvor anda a mil, mas a congregação reage a passos de lesma! Os jovens estão "pegando fogo" enquanto os demais sentam-se em bancos de geladeira.

• Falta de motivação da Igreja
Deus deve ser o grande Motivador da Igreja. Como diz Davi:

"Tu és motivo para os meus louvores constantemente" Salmos 71.6.

Ou como ele afirmou noutro lugar:

"Os teus decretos são motivo dos meus cânticos, na casa da minha peregrinação (Sl 119.54).

Davi instituiu a ordem levítica de adoração, baseado unicamente em Deus e nos seus gloriosos feitos (1 Cr 16.7-12).
A motivação da igreja é Deus e não a música bonita, os bons músicos, os ótimos instrumentos e um ambiente propício de adoração. Vitrais coloridos e paramentos servem de inspiração para a carne, mas o verdadeiro louvor flui quando Deus é a fonte de todas as coisas! Deus é o grande inspirador e motivador. E o louvor pode fluir muito bem num antigo depósito transformado em lugar de culto sem muitos instrumentos musicais. Melhor ainda quando uma congregação tem tudo o que falei e tem também a Deus como inspirador de seus louvores.

• Alienação total dos dirigentes, músicos e pastores
Com freqüência observo que os pastores costumam ficar totalmente alienados com o que está ocorrendo no culto. Se os pastores estiverem alienados, nada ocorrerá com a igreja. Às vezes quando prego em algumas igrejas observo que os pastores ficam durante o tempo de louvor atendendo o celular, falando com algum obreiro, resolvendo questões da igreja completamente à parte do que está ocorrendo no culto. Um pastor chegou a dizer-me assim: "Pode chegar lá pelas oito e meia, na hora de pregar, porque a primeira parte é dos jovens. Eles dirigem os louvores". Fiz questão de chegar bem cedo para ter um tempo de oração com aqueles valorosos guerreiros determinados a levar a igreja a mover-se em Deus. Pena que logo a seguir, o "bombeiro", como eles dizem, chega e apaga o fogo!
Estude esses temas com os músicos de sua igreja e ampliem-no com problemáticas de sua própria congregação. Um participante de nosso seminário chegou a contabilizar "20 obstáculos porque o louvor não flui...".


Autor: João A. de Souza Filho
Autor da trilogia: O Ministério de Louvor da Igreja; O Louvor e a Edificação da Igreja e Ministério de Louvor: Revolução na Vida da Igreja, todos editados pela Editora Betânia de Belo Horizonte.

Aliança Perigosa

Aliança Perigosa
Josué 9.1-27


INTRODUÇÃO
O diabo é mais perigoso em sua astúcia do que em sua fúria. Ele é mais perigoso em suas ciladas do que em sua força. Ele é mais perigoso quando trabalha em surdina do que quando nos enfrenta cara a cara.
O texto em tela nos fala de um estratagema astucioso que levou Israel a tomar uma decisão precipitada. O inimigo disfarçado foi mais poderoso do que os inimigos que empunharam armas de guerra (Js 9.1,2). O inimigo camuflado prevaleceu.
Josué fez aliança com o inimigo pensando estar tomando uma decisão sábia. A situação parecia tão óbvia que ele nem chegou a consultar a Deus.

I. A PROPOSTA DE UMA ALIANÇA PROIBIDA – Josué 9.6
Os gibeonitas propuseram a Josué uma aliança imediata e urgente. Mas quem eram os gibeonitas? Aliados ou inimigos? Eles faziam parte dos povos que precisavam ser desalojados da terra prometida. O que a Palavra de Deus tinha a dizer a Josué sobre aquele acordo proposto?
A ordem de Deus era clara para Josué:

“Abstém-te de fazer aliança com os moradores da terra para onde vais; para que te não sejam por cilada” (Ex 34.12).


A aliança com os povos vizinhos era uma cilada para Israel. Mas por que?


* Porque os induziria ao casamento misto:

“… nem contrairás matrimônio com os filhos dessas nações; não darás tuas filhas a seus filhos, nem tomarás suas filhas para teus filhos” (Dt 7.3).


O casamento misto foi uma das estratégias mais sutis usadas para derrotar o povo de Deus. O dilúvio varreu a terra porque a terra corrompeu-se quando os filhos de Deus se casaram com as filhas dos homens. Israel se misturou com as nações idólatras e através de casamentos mistos, a nação de Israel acabou adorando deuses estranhos.
Salomão foi o exemplo maior dessa desobediência – Ler 1 Reis 11.1-6.
O profeta Amós disse: “Andarão dois juntos, se não houver entre eles acordo?” (Am 3.3). O apóstolo Paulo é categórico:


“Não vos ponhais em jugo desigual com os incrédulos; porquanto que sociedade pode haver entre a justiça e a iniqüidade? O que comunhão, da luz com as trevas? Que harmonia, entre Cristo e o Maligno? Ou que união, do crente com o incrédulo? Que ligação há entre o santuário de Deus e os ídolos?” (2Co 6.14-16).


O casamento misto oferece três possibilidades:
1) A conversão do cônjuge incrédulo – 75% não se convertem;
2) O esfriamento espiritual do cônjuge crente;
3) A solidão espiritual do cônjuge crente.

* Porque os induziria à apostasia e ao ecumenismo


“Fariam desviar teus filhos de mim para que servissem a outros deuses…” (Deuteronômio 7.3).

A aliança com os povos vizinhos levou Israel muitas vezes a servir a outros deuses. O livro de Juízes mostra esse fato. Muitos abandonam sua fidelidade a Deus, deixam de freqüentar a igreja, esfriam-se na fé e perdem a intimidade com Deus por causa de determinadas alianças firmadas.
O ecumenismo é ainda hoje um dos perigos mais graves que a igreja enfrenta. É a idéia de que toda religião é boa e todos são em última instância iguais. O ecumenismo matou igrejas na Europa, na América e está matando igrejas no Brasil. Não há unidade fora da verdade. Não há salvação fora de Cristo.

* Porque lhes traria sofrimento e perturbação

“… os que deixardes ficar ser-vos-ão como espinho nos vossos olhos, e como aguilhão nas vossas ilhargas, e vos perturbarão na terra em que habitardes” (Nm 33.55,56).


Uma aliança conjugal, comercial, empresarial, espiritual fora da vontade de Deus traz tanto desconforto quanto espinho nos olhos. Tanto sofrimento como aguilhão nas ilhargas. Uma aliança precipitada traz grande perturbação. Israel sofreu por causa dessas alianças.

* Porque os levaria à própria destruição

“… e a ira do Senhor se acenderia contra vós outros e depressa vos destruiria” (Deuteronômio 7.4).

A desobediência tem um preço alto. Ela provoca a ira de Deus e produz derrota e destruição. O povo de Israel sofreu e precisou ser arrancado da sua terra e lançado num cativeiro doloroso para abandonar suas alianças espúrias e desvencilhar-se da idolatria dos outros povos.

II. A ESTRATÉGIA PARA UMA ALIANÇA PROIBIDA
As nações mais numerosas e poderosas que estavam no caminho de Israel lutaram e resistiram a Josué e o povo de Deus com armas (Js 9.1,2), mas os Gibeonitas dissimularam (Js 9.3-13). Quais foram as armas da dissimulação?

* O fingimento – Js 9.4,5

“Usaram de estratagema, e foram, e se fingiram embaixadores, e levaram sacos velhos sobre os seus jumentos e odres de vinho, velhos, rotos e consertados; e nos pés, sandálias velhas e remendadas e roupas velhas sobre si; e todo o pão que traziam para o caminho era seco e bolorento” (Js 9.4,5).


Fingir é ser uma coisa e parecer outra. É ser uma pessoa e demonstrar outra. É aparentar uma coisa e ser outra. Os gibeonitas foram atores. Demonstraram um papel, mas estavam enganando.
Satanás disfarçou-se de serpente para tentar Eva no Éden. Ele veio com palavras doces, com promessas sedutoras, oferecendo vantagens extraordinárias. O diabo é um embusteiro. Ele promete vida e paga com a morte. O pecado é uma fraude.

* A mentira – v. 6

“… chegamos duma terra distante; fazei, pois, agora, aliança conosco” (Josue 9.6).
Uma das armas do inimigo é a mentira. O diabo enganou Eva no Éden com uma mentira: “É assim, que Deus disse? É certo que não morrereis”. Onde a verdade é sacrificada, a aliança torna-se espúria. O diabo é o pai da mentira. Quem se envolve com mentira põe o pé numa estrada de vergonha, de opróbrio, de escravidão e morte.

* A sedução e a pressão – v. 6

“… fazei, pois, agora, aliança conosco” (Js 9.6).
A pressa é um grande perigo quando se trata de fazer uma aliança. A impaciência é um caminho arriscado. Quem tem pressa, diz o adágio popular, come cru. Os gibeonitas tinham pressa. Eles não queriam dar tempo para Josué investigar a verdade.
Josué caiu na cilada ao firmar com os gibeonitas uma aliança sem tempo para investigar, sem tempo para consultar ao Senhor. Muitos ainda agem precipitadamente hoje em seus negócios, em seus investimentos, no namoro e até mesmo no casamento.

* A esperteza – v. 7,8

Quando os gibeonitas perceberam que os homens de Israel estavam lhes desmascarando, se voltaram para Josué para conversar só com ele, o líder. Deram a ele um crédito maior e dessa maneira o induziram a agir sem o consenso.
Há determinados elogios e preferências que são armadilhas do inimigo para insuflar nosso ego. O pecado que o diabo mais gosto é o pecado da vaidade.

* As meias respostas – v. 8-13

Josué perguntou: “Quem sois vós? Donde sois?” (Js 9.8). À primeira pergunta, eles não responderam. À segunda pergunta, eles mentiram. Eles tergiversaram, desconversaram, ludibriaram. As coisas de Deus são claras, são íntegras. Onde as pessoas precisam desconversar, esconder, tapear fica evidentemente que Deus não está presente. Deus é luz. Ele não pactua com o que é escuso.

* A linguagem piedosa – v. 9

“Teus servos vieram duma terra mui distante, por causa do nome do Senhor, teu Deus” (Js 9.9).

Josué deu valor ao que eles disseram sem consultar a Deus. Usaram o nome de Deus, sem estar interessados nele. Somos facilmente enganados quando as pessoas vêm usando o nome de Deus. O diabo é mais astuto quando vem vestido de piedade.
Muitos jovens quando estão interessados em namorar uma moça, se interessam pelas coisas de Deus, freqüentam a igreja e até lêem a Bíblia. Mas depois do casamento, revelam seu total desinteresse pelas coisas de Deus.

* A astúcia – v. 9,10 e verso 3

Os gibeonitas relataram os grandes feitos de Deus no Egito, e aos dois reis amorreus que Moisés derrotara, mas não fez menção de Jericó e Ai, para dar a idéia que de fato vinham de muito longe.
Cuidado com o engano do pecado. Cuidado com os argumentos aparentemente insofismáveis do inimigo. Acautele-se.

III. O PERIGO DE SE FAZER UMA ALIANÇA SEM CONSULTAR A DEUS NAS COISAS QUE PARECEM ÓBVIAS – v. 14,15

“Então, os israelitas tomaram da provisão e não pediram conselho ao Senhor. Josué concedeu-lhes paz e fez com eles a aliança de lhes conservar a vida; e os príncipes da congregação lhes prestaram juramento” (Js 9.14,15).


Josué fez distinção entre coisas importantes que carecem de oração e coisas insignificantes, óbvias que não precisa consultar a Deus.
A nossa lógica e bom senso levam-nos facilmente para o mau caminho, quando deixamos de depender de Deus.
Este texto mostra a fraqueza da sabedoria humana. Devemos buscar o conselho de Deus mesmo naquelas coisas para parecem claras e óbvias.
Há sempre o perigo da autoconfiança: “O que confia no seu próprio coração é insensato” (Pv 28.26). Vejamos alguns exemplos:

Ló – Ló escolheu as campinas do Jordão e foi morar com a família na cidade de Sodoma. Lá, ele perdeu seus bens, sua mulher, seus genros e sua honra.
Abraão – Passou 13 anos de silêncio (Gn 16.15,16; 17.1-5). Nenhum aparecimento do Senhor, nenhum altar erigido, nenhuma tenda, nenhum sacrifício. Foram 13 anos em branco. Depois, Deus lhe aprece e diz: “Anda na minha presença”. Confia em mim. Creia em mim. O que eu falei eu cumprirei. Não preciso da sua ajuda.
Pedro – Quando Jesus decidiu ir para a cruz, Pedro o reprova. Sem consultar a Jesus, o expõe a uma situação complicada e é duramente repreendido por Jesus.
Gibeão quer dizer pequeno monte e nos alerta contra as pequenas coisas que nos impedem de andar com Deus. Sansão, o homem mais forte do VT foi vencido por uma mulher cujo nome significa fraqueza (Dalila). As pequenas coisas podem nos impedir de viver uma vida cristã normal.
Josué fez aliança com os gibeonitas de poupar-lhes a vida sem consultar a Deus. Ficou preso a uma aliança que jamais deveria ter feito. Sofreu sem poder tirar o jugo de sobre si e do seu povo.

IV. AS CONSEQUÊNCIAS DE SE FAER UMA ALIANÇA PRECIPITADA
1.Mesmo que você não busque a Deus e faça alianças precipitadas, Deus as ratifica – v. 19,20
Quantas sociedades que jamais deveriam ter sido firmadas! Quantos acordos que jamais deveriam ter sido assinados! Quantos namoros que jamais deveriam ter começado! Quantos casamentos que jamais deveriam ter sido consumados!
Muitos buscam a saída do divórcio, dizendo: “Meu casamento acabou porque não foi Deus quem me uniu”. Se você não leva a sério a aliança que você fez, Deus leva.
Veja o que escreveu o profeta Malaquias:

“O Senhor foi testemunha da aliança entre ti e a mulher da tua mocidade, com a qual tu foste desleal, sendo ela a tua companheira e a mulher da tua aliança” (Ml 2.13,14).


2.Gera murmuração e descontentamento no meio do povo de Deus – v. 18
Decisões precipitadas acarretam amargas conseqüências. Alianças irrefletidas fazem o povo sofrer. Quando a liderança age sem oração, há um descontentamento no meio do povo. Josué e os príncipes da congregação fizeram uma aliança com os gibeonitas sem consultar a Deus e tomaram a decisão errada e agora o povo está sofrendo as conseqüências e murmurando.

3.O povo de Deus precisa se envolver com lutas a favor daqueles contra quem deviam lutar – Js 10.6,7
Josué está travando uma batalha que não era sua. Está drenando suas energias num trabalho que não era seu. Eles estão pagando o preço de terem feito uma decisão apressada, uma aliança irrefletida. Eles estão defendendo quem precisariam desalojar daquela terra.
Quantas noites de sono perdidas. Quantas horas de choro e lágrimas vertidas. Quantas dores e contorções da alma sofridas. Quanto prejuízo financeiro acarretado.

4.O povo de Deus é açoitado com a ira divina quando viola a aliança feita, mesmo que irrefletidamente – v. 20
A quebra de uma aliança é algo que Deus reprova. É melhor não fazer um voto do que votar e não cumprir. Josué e o povo ficaram presos a uma aliança que não deveriam ter feito. Tornaram-se obrigados a defender quem deveriam atacar. Ficaram ligados com quem não deveriam ter relações.
A quebra daquela aliança era agora uma atitude mais condenável aos olhos de Deus do que o estabelecimento da própria aliança. O rompimento da aliança implicava na manifestação da própria ira de Deus.

5.O tempo não anula as alianças que fazemos, mesmo quando não consultamos o Senhor – 2 Sm 21.1-14
400 anos depois da aliança firmada por Josué, o rei Saul matou os gibeonitas e nos dias do rei Davi houve fome de três anos consecutivos por causa da quebra dessa aliança.
Ler o texto de 2Sm 21.1,2:

“Houve, em dias de Davi, uma fome de três anos consecutivos. Davi consultou ao Senhor, e o Senhor lhe disse: Há culpa de sangue sobre Saul e sobre a sua casa, porque ele matou os gibeonitas [...] os filhos de Israel lhes tinham jurado poupá-los, porém, Saul procurou destruí-los no seu zelo pelos filhos de Israel e de Judá”. 2Sm 21.1,2

Dois resultados aconteceram em virtude da quebra dessa aliança:
Em primeiro lugar, três anos de fome. O povo, a nação toda sofre. Crianças morrendo de fome, o gado perecendo nos pastos, prejuízos financeiros imensos, lares desesperados, em virtude da quebra de uma aliança firmada há 400 anos.
Em segundo lugar, sete filhos do rei Saul enforcados. Os gibeonitas pediram sete filhos de Saul para serem enforcados, dois filhos de Rispa e cinco filhos de Merabe (2Sm 21.5-9). Só então, a ira de Deus se apartou de Israel (2Sm 21.14).

CONCLUSÃO
Nós precisamos tomar dois cuidados básicos:

1.Tenha cuidado com as alianças que você faz, com aquilo que você promete.
Não entre numa aliança seja sentimental, seja conjugal, seja comercial, seja profissional sem antes avaliar profundamente as implicações. Há pactos que jamais deveriam ter sido feitos. Há casamentos que jamais deveriam ter acontecido. Há parcerias que jamais deveriam ser travadas. Há sociedades que jamais deveriam ter sido estabelecidas.
Quando fazemos alianças perigosas e precipitadas, podemos entrar em aliança com o próprio inimigo. Quantas pessoas presas a situações embaraçosas porque não tiveram paciência de esperar, de analisar a situação mais detidamente. Quantas pessoas se desgastam e sofrem grandes prejuízos porque não consultaram a Deus para fazer sociedades, alianças e acordos.

2.Cumpra suas promessas, quando você as fizer.
Nossas decisões hoje afetarão as futuras gerações, para o bem ou para o mal. Deus não gosta de votos de tolos. Quando você fizer uma promessa, cumpre-a. O justo é aquele que jura com dano próprio e não se retrata.

Autor: Hernandes Dias Lopes

Adeus, solidão!

Adeus, solidão!

"Oh Deus, olha para mim e tem piedade de mim, porque estou solitário e aflito" (Salmo 25.16).

A sensação de abandono é algo muito doloroso, que penetra em nossas entranhas e se alastra em nosso coração, provocando uma angústia intermitente e uma fina dor dentro de nosso peito.
Todo ser humano, em alguma ocasião, já se sentiu abandonado.
O próprio Senhor Jesus sentiu na pele o que é ser abandonado, não somente por muitos discípulos, mas pelo próprio Pai:

"Deus meu, Deus meu, por que me abandonaste?" (Salmo 22.1).

Mas Ele foi desamparado pelo Pai por causa de nossos pecados, sofrendo na cruz em nosso lugar, fazendo-se maldição por nossa causa. Este tipo de abandono somente Jesus teve.
Invariavelmente, o vaidoso ser humano gosta de ser o centro das atenções e atrações. Muitas vezes nos sentimos abandonados simplesmente por falta de conhecimento da Palavra de Deus.
A verdade é que Deus não tem a intenção de abandonar o ser humano, nós é que O abandonamos. Afinal, Ele tem tantas promessas maravilhosas para os que confiam nEle, e vela pela Sua Palavra (Jer. 1.12). Vejamos aqui algumas dessas promessas:
"O Senhor... não te deixará, nem te desamparará" (Deut. 31.8).
"... não te deixarei nem te desampararei" (Josué 1.5).
"Porque o Senhor ama o juízo e não desampara os seus servos" (Salmo 37.28).
Isso, são apenas algumas. Mas, diga-se de passagem, isto somente vale para os que confiam realmente nEle, que amam e crêem na Sua Palavra (a Bíblia).
Somente nos sentimos abandonados quando não temos o Jesus ressurrecto habitando em nosso coração. Mas, quando O temos, podemos confiar que Ele está sempre pertinho de nós, e não nos deixa órfãos (João 14.18). Todos podem nos abandonar: amigos, irmãos, pai, mãe, mas jamais ficamos sozinhos. Podemos dizer tranquilamente: "Se meu pai e minha mãe me desampararem, o Senhor me recolherá" (Salmo 27.10). Confiamos sempre nestas maravilhosas palavras:

"Pode uma mãe esquecer-se do filho que amamenta, que não se compadeça dele, do filho do seu ventre? Mas, ainda que esta se esquecesse, eu, todavia, não me esquecerei de ti" (Isaías 49.15).

É por isso que devemos afastar do nosso coração o desgosto e remover da nossa carne a dor (Ecles. 11.10), porque Deus de maneira nenhuma nos deixará, nem nunca jamais nos abandonará (Hebreus 13.5).
Amigo, este é o único Deus verdadeiro, o Deus vivo e poderoso em quem podemos confiar - JESUS.
Assim como a solidão, também a derrota não é coisa de crente em Jesus.
É verdade, por isso deixa a tua tristeza de lado, e entrega o teu caminho a Jesus, confia nEle, e tudo o mais Ele fará.
Somente Jesus "faz com que o solitário viva em família" (Salmo 68.6). Jesus é o Deus Salvador que ama o pecador (e não os seus pecados), e é "o auxílio do órfão" (Salmo 10.14). Ele não somente é o auxílio do desamparado, mas é também o "Pai de órfãos" (Salmo 68.5).
A quem, portanto, devemos recorrer?

"A quem mais eu tenho no céu senão a ti? E na terra não há quem eu deseje além de ti" (Salmo 73.25).

Qual outro Deus que pode dar um fim nessa sensação triste de quem vive em solidão? A quem recorreremos? Somente Jesus se compadece das nossas fraquezas. Somente Jesus "é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente na angústia" (Salmo 46.1). Por que somente Jesus? Porque somente Ele é o Criador, o resto é criatura.
Somente Jesus, portanto, é a nossa luz e a nossa salvação (Salmo 27.1).
Finalizando, veja o que o apóstolo e presbítero - e não papa - (conforme suas próprias palavras em 1Pedro 5.1) Pedro disse a Jesus:

"Senhor, para quem iremos nós? Somente tu tens as palavras da vida eterna" (João 6.68).

Chegue-se, portanto, a Jesus, e diga de uma vez por todas: ADEUS, SOLIDÃO!

Salvação não se perde

Salvação não se perde!

Todos que passam por uma fase da aplicação da redenção, experimentarão também a fase seguinte. Por exemplo, todos a quem Deus predestinou, ele também intimará à salvação no devido tempo. Agora, Romanos 8:30 diz: “Aos que justificou, também glorificou”. Essa declaração necessariamente implica que todos os que experimentam a justificação também experimentarão a glorificação; ninguém que é justificado falhará em ser glorificado. Visto que a glorificação se refere à consumação da obra salvadora de Deus no eleito, isso significa que uma vez que um indivíduo tenha sido justificado aos olhos de Deus, sua justiça legal nunca será perdida. Visto que todos aqueles que são justificados também serão glorificados, os verdadeiros cristãos nunca perderão sua salvação.
Essa doutrina é frequentemente chamada de PERSEVERANÇA DOS SANTOS; e também de SEGURANÇA ETERNA em alguns círculos. Esses termos são acurados, visto que os crentes verdadeiros conscientemente perseveram na fé e os eleitos estão, de fato, eternamente seguros em sua salvação. Contudo, muitas passagens bíblicas tratando com esse tópico enfatizam que é Deus quem ativamente preserva o crente do princípio ao fim da sua salvação, que Jesus é “o autor e consumador da nossa fé” (Hebreus 12:2). Esse sendo o caso, PRESERVAÇÃO é um termo melhor. Ele reflete o fato de que, no final das contas, é Deus quem mantém a salvação dos cristãos, e não o crente em si.
Favorecer a perspectiva da preservação não nega que o crente deve deliberadamente se aperfeiçoar e conscientemente se esforçar para perseverar. É anti-bíblico dizer que, visto que é Deus em última análise quem nos guarda, portanto, não precisamos exercitar nenhum esforço consciente em nosso desenvolvimento espiritual. “Relaxe, e deixe Deus fazer tudo”, uma frase popular que provavelmente veio do movimento de Keswick, é anti-bíblica quando aplicada à santificação. Contudo, a palavra “preservação” nos ajuda a lembrar que é Deus quem concede e causa qualquer aperfeiçoamento e estabilidade em nosso crescimento em conhecimento e santidade, mesmo que estejamos dolorosamente conscientes dos esforços que temos exercido para o nosso desenvolvimento espiritual.
Há muitas passagens bíblicas que ensinam que Deus preserva aqueles a quem ele elegeu, regenerou e justificou:

Farei com eles uma aliança permanente: Jamais deixarei de fazer o bem a eles, e farei com que me temam de coração, para que jamais se desviem de mim. (Jeremias 32:40)

Todo aquele que o Pai me der virá a mim, e quem vier a mim eu jamais rejeitarei. Pois desci dos céus, não para fazer a minha vontade, mas para fazer a vontade daquele que me enviou. E esta é a vontade daquele que me enviou: que eu não perca nenhum dos que ele me deu, mas os ressuscite no último dia.. (João 6:37-39)
Eu lhes dou a vida eterna, e elas jamais perecerão; ninguém as poderá arrancar da minha mão. Meu Pai, que as deu para mim, é maior do que todos; ninguém as pode arrancar da mão de meu Pai. (João 10:28-29)
Pois estou convencido de que nem morte nem vida, nem anjos nem demônios, nem o presente nem o futuro, nem quaisquer poderes, nem altura nem profundidade, nem qualquer outra coisa na criação será capaz de nos separar do amor de Deus que está em Cristo Jesus, nosso Senhor. (Romanos 8:38-39)
Ele os manterá firmes até o fim, de modo que vocês serão irrepreensíveis no dia de nosso Senhor Jesus Cristo. (1 Coríntios 1:8)
Ora, é Deus que faz que nós e vocês permaneçamos firmes em Cristo. Ele nos ungiu, nos selou como sua propriedade e pôs o seu Espírito em nossos corações como garantia do que está por vir. (2 Coríntios 1:21-22)
Estou convencido de que aquele que começou boa obra em vocês, vai completá-la até o dia de Cristo Jesus. (Filipenses 1:6)
Que o próprio Deus da paz os santifique inteiramente. Que todo o espírito, a alma e o corpo de vocês sejam preservados irrepreensíveis na vinda de nosso Senhor Jesus Cristo. Aquele que os chama é fiel, e fará isso. (1 Tessalonicenses 5:23-24)
Por essa causa também sofro, mas não me envergonho, porque sei em quem tenho crido e estou bem certo de que ele é poderoso para guardar o que lhe confiei até aquele dia. (2 Timóteo 1:12)
O Senhor me livrará de toda obra maligna e me levará a salvo para o seu Reino celestial. A ele seja a glória para todo o sempre. Amém. (2 Timóteo 4:18)
Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo! Conforme a sua grande misericórdia, ele nos regenerou para uma esperança viva, por meio da ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos, para uma herança que jamais poderá perecer, macular-se ou perder o seu valor. Herança guardada nos céus para vocês que, mediante a fé, são protegidos pelo poder de Deus até chegar a salvação prestes a ser revelada no último tempo. (1 Pedro 1:3-5)
Judas, servo de Jesus Cristo e irmão de Tiago, aos que foram chamados, amados por Deus Pai e guardados por Jesus Cristo. (Judas 1)
Àquele que é poderoso para impedi-los de cair e para apresentá-los diante da sua glória sem mácula e com grande alegria, ao único Deus, nosso Salvador, sejam glória, majestade, poder e autoridade, mediante Jesus Cristo, nosso Senhor, antes de todos os tempos, agora e para todo o sempre! Amém. (Judas 24-25)
A doutrina da preservação não diz que qualquer um que fez uma profissão de fé em Cristo está então salvo e nunca se perderá, visto que sua profissão pode ser falsa. Antes, a doutrina ensina que os verdadeiros cristãos nunca se perderão. Eles nunca se apartarão permanentemente de Cristo, embora alguns deles possam até mesmo cair profundamente no pecado por um tempo.
Um verdadeiro cristão é alguém que deu assentimento verdadeiro ao evangelho, e cuja “fé sincera” (1 Timóteo 1:5) se torna evidente através de uma transformação contínua de pensamentos, conversação e comportamento em conformidade às demandas da Escritura. João diz que alguém que é regenerado “não pode continuar pecando” (1 João 3:9). Por outro lado, uma pessoa que produz uma profissão de Cristo com resultado de um falso assentimento ao evangelho pode permanecer “somente um pouco de tempo. Quando surge alguma tribulação ou perseguição por causa da palavra, logo a abandona” (Mateus 13:21).
Algumas vezes até os eleitos podem cair em sério pecado, mas tal queda nunca será permanente. Todavia, enquanto uma pessoa estiver vivendo um estilo de vida pecaminoso, não temos razão para crer em sua profissão de fé naquele momento, e, portanto, devemos pensar dele como um incrédulo. Jesus ensina que uma recusa obstinada para se arrepender é uma razão suficiente para a excomunhão:

Se o seu irmão pecar contra você, vá e, a sós com ele, mostre-lhe o erro. Se ele o ouvir, você ganhou seu irmão. Mas se ele não o ouvir, leve consigo mais um ou dois outros, de modo que ‘qualquer acusação seja confirmada pelo depoimento de duas ou três testemunhas. Se ele se recusar a ouvi-los, conte à igreja; e se ele se recusar a ouvir também a igreja, trate-o como pagão ou publicano. (Mateus 18:15-17)

Visto que ele é considerado um incrédulo, ele não pode ser um candidato para casamento por um cristão, ele não pode participar na comunhão, e ele não sustentar nenhuma responsabilidade ministerial. Ele pode ser realmente um verdadeiro cristão, mas não há nenhuma forma de estar certo disso enquanto ele permanecer no pecado. De fato, ele deveria ser considerado e tratado como um incrédulo, juntamente com todas as implicações de tal suposição.

“Portanto, irmãos, empenhem-se ainda mais para consolidar o chamado e a eleição de vocês, pois se agirem dessa forma, jamais tropeçarão” (2 Pedro 1:10).

Aqueles que caem e nunca se arrependem, nunca foram verdadeiramente salvos. João diz:

“Eles saíram do nosso meio, mas na realidade não eram dos nossos, pois, se fossem dos nossos, teriam permanecido conosco; o fato de terem saído mostra que nenhum deles era dos nossos” (1 João 2:19).

Judas pareceu ter seguido Jesus por vários anos, mas Jesus diz:

“Não fui eu que os escolhi, os Doze? Todavia, um de vocês é um diabo!” (João 6:70).

O versículo 64 explica: “Jesus sabia desde o princípio quais deles não criam e quem o iria trair ”.
Assim, não é como se Judas tivesse verdadeira fé, e então caísse em pecado e perdesse a sua salvação; pelo contrário, ele nunca teve verdadeira fé de forma alguma. Jesus escolheu Judas sabendo que ele seria o traidor:

“Enquanto estava com eles, eu os protegi e os guardei no nome que me deste. Nenhum deles se perdeu, a não ser aquele que estava destinado à perdição, para que se cumprisse a Escritura” (João 17:12).

Esse versículo pressupõe a eleição divina, e explicitamente ensina as doutrinas da preservação e reprovação. Jesus guardou a salvo os onze, que estavam entre os eleitos, mas Judas se perdeu porque ele, antes e tudo, nunca tinha sido salvo; ele estava entre os reprovados, “preparados para destruição ”.
Por outro lado, aqueles entre os eleitos que parecem cair de sua fé, todavia, retém sua salvação, e eles retornarão a Cristo de acordo com o poder de Deus para preservá-los. Por exemplo, mesmo antes de Pedro negar a Cristo, foi-lhe dito:
“Simão, Simão, Satanás pediu vocês para peneirá-los como trigo. Mas eu orei por você, para que a sua fé não desfaleça. E quando você se converter, fortaleça os seus irmãos” (Lucas 22:31-32).

É verdade que se a fé de alguém se perder realmente, então ele perdeu também sua salvação; contudo, é o próprio Deus quem impede que a fé dos seus eleitos desfaleça. E assim como Jesus orou por Pedro, ele está agora orando por todos os cristãos, de forma que não importa quais problemas espirituais eles pareçam estar experimentando, no final a fé deles não desfalecerá:
Minha oração não é apenas por eles. Rogo também por aqueles que crerão em mim, por meio da mensagem deles. (João 17:20)
Portanto, ele é capaz de salvar definitivamente aqueles que, por meio dele, aproximam-se de Deus, pois vive sempre para interceder por eles. (Hebreus 7:25)
Jesus não fez tal oração por Judas, mas ele orou somente pelos seus eleitos:

“Eu rogo por eles. Não estou rogando pelo mundo, mas por aqueles que me deste, pois são teus” (João 17:9).

Uma das objeções mais comuns a essa doutrina declara que, se é verdade que o crente não pode perder sua salvação, então isso constitui uma licença implícita para pecar. O cristão pode pecar o quanto ele quiser, e ainda permanecerá seguro em Cristo. Contudo, o verdadeiro cristão não deseja viver no pecado, embora ele possa ocasionalmente tropeçar. O verdadeiro crente detesta o pecado e ama a justiça. Alguém que peca sem restrição não é um cristão de forma alguma.
Há várias passagens bíblicas que ordenam os cristãos a buscarem a justiça e evitarem a impiedade. Algumas dessas passagens são tão fortes em expressão e contém advertências tão ameaçadoras, que algumas pessoas interpretam incorretamente essas passagens como dizendo que é possível para um verdadeiro crente perder sua salvação. Por exemplo, Hebreus 6:4-6 diz o seguinte:
Ora, para aqueles que uma vez foram iluminados, provaram o dom celestial, tornaram-se participantes do Espírito Santo, experimentaram a bondade da palavra de Deus e os poderes da era que há de vir, e caíram, é impossível que sejam reconduzidos ao arrependimento; pois para si mesmos estão crucificando de novo o Filho de Deus, sujeitando-o à desonra pública.
Primeiro, o que quer que essa passagem signifique, ela não diz que os eleitos renunciam de fato a sua fé. Vamos assumir que a passagem está de fato dizendo que se alguém cair da fé depois de alcançar certo estágio de desenvolvimento espiritual, ela de fato perderia sua salvação. Isso não desafia a doutrina da preservação – de fato, podemos concordar de todo coração com tal declaração. Contudo, nós já lemos vários versículos dizendo que isso nunca acontece, que o verdadeiro crente nunca renunciará sincera e permanentemente a Cristo, e a passagem acima não diz nada que contradiga isso. João diz que aqueles que se apartam da fé nunca estiveram verdadeiramente na fé.
Segundo, vários versículos adiante, o escritor declara explicitamente que o que essa passagem descreve não acontecerá aos seus leitores:

“Amados, mesmo falando dessa forma, estamos convictos de coisas melhores em relação a vocês, coisas que acompanham a salvação” (Hebreus 6:9).

Para parafrasear, ele está dizendo: “Embora estejamos falando dessa forma, estou certo de que quando diz respeito à salvação, isso não acontecerá com vocês”.
Terceiro, devemos lembrar que Deus usa vários meios pelos quais ele realiza os seus fins. Por exemplo, embora ele tenha determinado imutavelmente as identidades daqueles a quem ele salvaria, ele não salva essas pessoas sem meios. Antes, ele salva os eleitos por meio da pregação do evangelho, e por meio da fé em Cristo que ele coloca dentro deles. Deus usa vários meios para realizar os seus fins, e ele escolhe e controla tanto os meios como os fins.
Conseqüentemente, apenas porque dizemos que os eleitos perseverarão na fé, não significa que Deus não os advirta contra a apostasia. De fato, essas advertências escriturísticas sobre as conseqüências de renunciar a fé cristã são um dos meios pelos quais Deus previne seus eleitos de apostasia. Os réprobos ignorarão essas advertências, mas os eleitos prestarão atenção a elas (João 10:27), e assim, eles continuarão a operar a santificação deles “com temor e tremor” (Filipenses 2:12). Concernente às palavras de Deus, Salmo 19:11 diz:

“Por elas o teu servo é advertido; há grande recompensa em obedecer-lhes”. Salmo 19:11

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